Cargill anuncia unidade de processamento no Pará similar a que tem em Ilhéus
O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom), David Leal, recebeu nesta terça-feira (28) representantes da empresa Cargill, para discutir a possibilidade de instalação de uma unidade de processamento de cacau no interior do Pará, já levando em conta as possibilidades logísticas e portuárias do estado. A Cargill já tem projeto similar em Ilhéus, na Bahia, há mais de três décadas.
Diego Neves, gerente-geral da fábrica em Ilhéus, parabenizou o Governo do Estado “pela centralização das ações para atrair investimentos a partir da Seicom, em parceria com outros órgãos, no caso, a Cosanpa e a Companhia de Desenvolvimento Industrial, o que facilita a comunicação e a articulação para as ações do segmento, entre o setor privado e a Seicom”. Já o secretário David Leal ressaltou “que uma outra secretaria que também faz parte desse ponto focal é a de agricultura, o que muito contribui para o desenvolvimento dos trabalhos”.
Sabedores do projeto de atração de fornecedores e também de indústrias, prioridades do Governo do Pará, os executivos se comprometeram em, futuramente, também atraírem empresas experts em industrialização de chocolate para o Pará, estado onde o cacau é de comprovada qualidade.
Também participaram da reunião os executivos Rodrigo Melo e Ricardo Cerqueira, gerente de Projetos da Cargil, e o diretor de Desenvolvimento de Indústria da Seicom, Rodrigo Garcia, além da secretária Operacional da Comissão da Política de Incentivos da Seicom, Marília Amorim, e representantes da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) e Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI). Nesta quarta-feira, 29, os executivos visitarão os municípios de Ananindeua e Barcarena, onde percorrem o distrito industrial local.
O processamento do cacau, antes da prensagem, tem três etapas: a quebra e descascagem, a torrefação e a moagem. Quando chega à prensagem, a manteiga (parte gordurosa) é separada do pó (parte sólida) da pasta, e o liquor, derivado da moagem. O chocolate é feito a partir da manteiga; já o pó é usado na produção de sorvetes, sobremesas, bebidas lácteas, achocolatados e muitos outros itens alimentícios.
O projeto da Cargill, no Pará, pretende atender o aumento da demanda do mercado consumidor de chocolates e derivados de cacau. Nos últimos três anos, o consumo per capita de chocolates no Brasil pulou de 1,65 kg para 2,2 kg/ano. A procura aumentou porque o item se tornou um produto da cesta de compras, a partir do aumento da renda da população. As informações são da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab).